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Por que medir?

Gestão Métrica

O estatístico americano William Edwards Deming, conhecido como o pai da qualidade, disse que “Você não pode gerenciar o que você não pode medir.” Essa frase é uma afirmação poderosa da importância da gestão para o sucesso de qualquer organização. A gestão métrica é uma ferramenta essencial para a gestão eficaz, pois fornece dados para ajudar os gestores e empreendedores a tomar decisões informadas e eficazes. Estamos na época em que dados são a riqueza daqueles que almejam solidez e melhoria contínua.

No mundo atual, onde os dados são vitais, é cada vez mais importante que as empresas, de todos os tamanhos, empreguem gestão métrica. No entanto, pequenas e médias empresas (PMEs) muitas vezes não dão a devida atenção à coleta e análise de dados.

Existem algumas razões para isso. Em primeiro lugar, as PMEs geralmente têm recursos limitados e podem não ter a capacidade de investir em ferramentas e softwares de gestão métrica. Em segundo lugar, os proprietários de PMEs podem não estar familiarizados com os benefícios da gestão métrica ou não entender como ela pode ser aplicada aos seus negócios.

O não uso de gestão métrica pode ter consequências significativas para as PMEs. Sem dados, as empresas ficam impedidas de tomar decisões precisas e estratégicas. Isso pode levar a desperdícios, erros e até mesmo em último caso à falência.

Ao coletar e analisar dados, as empresas podem identificar tendências e oportunidades que podem ajudá-las a se diferenciar da concorrência e expandir seus negócios.

Para tratar deste assunto de forma resumida, a gestão métrica pode ser pensada em níveis hierárquicos organizacional na formação de dados.

Os níveis resumidos serão sistema, equipe e indivíduo.

  • Indivíduo: aquela pessoa que trabalha para uma empresa e é responsáveis por suas próprias ações e desempenho.
  • Equipe: formada por um grupo de indivíduos que trabalham juntos para alcançar um objetivo comum. As equipes podem ser formadas por funcionários de diferentes departamentos ou funções.
  • Sistemas: podem ser físicos, como a infraestrutura de TI, ou abstratos, como processos, sistemas informatizados, políticas e procedimentos.

📢 Em termos de hierarquia, os indivíduos são a base, as equipes são o meio e os sistemas fornecem os recursos e ferramentas que os indivíduos e as equipes precisam para serem bem-sucedidos.

Cada nível deve ser tratado considerando especificamente sua empresa. Pontuarei cada nível usando uma visão geral de observação.

Sistemas

Os sistemas, em especial os abstratos citados acima, podem ser complexos e interconectados. Podem envolver uma variedade de fatores, como pessoas, processos, políticas e tecnologia. Isso dificulta a compreensão de como os diferentes componentes do sistema se relacionam entre si.

Apesar dos desafios, os sistemas abstratos são essenciais para o sucesso de uma empresa. Eles fornecem a estrutura e os processos que permitem que a empresa opere de forma eficaz e alcance seus objetivos.

Alguns exemplos específicos de indicadores:

  • Eficiência: tempo de execução, recursos usados, número de iterações
  • Eficácia: porcentagem de objetivos alcançados, satisfação do usuário
  • Qualidade: número de erros, retrabalhos, desperdícios
  • Relevância: atendimento às necessidades do usuário interno e externo, impacto positivo

Equipes

É muito relevante entender que as equipes formam o motor que impulsiona a empresa executando tarefas e projetos que levam ao alcance dos objetivos de sucesso. Mais a frente teremos em destaque o indivíduo, complementando a quantificação métrica nas equipes.

Aqui coloco algumas dicas relevantes que proporcionam que as equipes tenham oportunidades de sucesso:

  • Escolher os indicadores direcionados: Os indicadores devem ser relevantes para os objetivos da equipe.
  • Coletar dados precisos: Os dados devem ser coletados de forma consistente do nível de desempenho, atividade ou objetivo.
  • Analisar os dados: Os dados devem ser analisados de forma eficaz para identificar tendências e padrões.
  • Tomar decisões baseadas em dados: As decisões devem ser baseadas nos dados coletados objetivando a melhoria continua da eficiência operacional.

Indivíduo

O indivíduo, como base hierárquica de uma organização, é fundamental para o sucesso da empresa. É ele quem executa as tarefas, usa ferramentas, resolve problemas, pensa fora da caixa e inova.

Vale ressaltar que a importância deste indivíduo também pode ser sentida no resultado das equipes formadas. O sucesso da equipe depende do sucesso de seus membros.

Alguns pontos que podem ser relevante e que devemos medir e estimular:

  • Habilidades e competências: O indivíduo deve ter as habilidades e competências necessárias para realizar suas tarefas e alcançar seus objetivos dentro de uma função.
  • Motivação e engajamento: O indivíduo deve estar motivado e engajado em seu trabalho.
  • Criatividade e inovação: O indivíduo deve ter liberdade de ser criativo e encontrar novas soluções para problemas.

Relacionando o indivíduo às equipes, outros pontos importantes podemos incluir nesta análise:

  • Comunicação e colaboração: O indivíduo deve ser capaz de se comunicar de forma eficaz e colaborar com seus colegas de equipe.
  • Liderança e influência: O indivíduo pode liderar e influenciar seus colegas de equipe.
  • Resolução de problemas: O indivíduo pode resolver problemas de forma eficaz.

No alinhamento da empresa com o indivíduo, os pontos sugeridos podemos citar:

  • Objetivos: O indivíduo deve receber objetivos claros e alinhados com os da empresa.
  • Desempenho: O seu desempenho frente aos objetivos, deve ser medido de forma regular.
  • Feedback: O indivíduo deve receber feedback periodicamente sobre seu desempenho.
  • Desenvolvimento: Mediante resultado, criar oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, objetivando retenção dos profissionais que sejam relevantes.

Concluindo

Se você é um administrador ou gestor e não está coletando dados, agora é a hora de começar. Os dados podem ajudá-lo a melhorar seu negócio, tomar decisões mais informadas e se diferenciar da concorrência.

A Inteligência Artificial (IA) que citei no meu artigo anterior, é uma ferramenta poderosa que pode ser usada para analisar dados e identificar tendências e padrões. Ao combinar com gestão métrica, as organizações têm possibilidades de obterem insights valiosos que podem ser usados nas tomadas de decisões mais estratégicas.

No entanto, é importante notar que a IA não é uma solução mágica como mencionei no artigo. Ela só pode ser tão boa quanto os dados que ela é treinada. Portanto, é essencial que as organizações coletem dados de alta qualidade e os analisem de forma eficaz.

O desafio atualmente é consolidar a cultura de coleta de dados com o propósito de se fazer gestão usando ou não ferramentas dotadas de inteligência artificial.

Fique atento, você vai precisar de seus dados mais precisamente um dia.

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